O grito do anarquismo <br>não consciencializado
O livro de John Holloway começa com um grito. Na última página o autor continua gritando.
Grita em nome milhares de milhões contra a ordem injusta que o capitalismo impõe à humanidade.
Parece sincera a sua convicção de que o protesto, tal como o concebe, será a melhor opção para mudar a vida na Terra.
Mas John Holloway não tem resposta para as angustiantes perguntas que formula. Interroga-se enquanto avança no escuro. A mobilização dos povos é uma tarefa dificílima. Está preocupado porque sem ressonância o protesto, o grito, não funciona. E ele não conhece o caminho, embora sinta algum reconforto por saber que «o caminho é parte do próprio processo revolucionário».
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